segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Chile



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sábado, 10 de janeiro de 2009

Vitória ES


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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

BUDDHAFIELD (Campo de Energia Búdica)


Onde houver um sannyasin, eu estarei lá

Primeira pergunta:
Querido Osho, O que é um Buddhafield? Só por estarmos vivendo juntos, cuidando dos negócios, não parece ser o suficiente. Não satisfaz. Parece que é preciso algo mais profundo, algo mais desafiador para o coletivo e para o indivíduo, no qual ambos cresçam.

“Um Buddhafield (campo de energia búdica) é um dos fenômenos mais misteriosos na existência. Ele simplesmente significa que onde alguém se torna acordado, a sua consciência irradia uma certa aura ao redor. Qualquer um que esteja receptivo, disponível, poderá ser transformado pela energia que irradia de um ser acordado. A própria presença da pessoa acordada poderá golpeá-lo tão profundamente que a sua energia adormecida começa a se despertar.

Isto tem sido descrito como uma serpente dormindo que está sendo desperta. Ela estava deitada enrolada, parecendo quase morta, e quando provocada, ela se desenrola. Por causa da similaridade do fenômeno, no Oriente a energia que se desenrola na presença de uma pessoa acordada é chamada kundalini. Kundalini quer dizer o poder da serpente.

O Buddhafield pode se tornar uma rede. Nas mãos de um mestre habilidoso, ele não precisa estar confinado a uma pequena área. Por isto, eu dei início às comunas. É como se você colocasse um espelho diante de uma luz. O espelho não tem como produzir a luz, mas ele pode refleti-la. Uma simples luz cercada por milhares de espelhos pode criar uma imensa quantidade de luz.

(...)Um Buda pode atrair milhares de buscadores ao seu redor. Eles não estão acordados, mas eles anseiam pelo despertar. Eles ainda não alcançaram o objetivo, mas eles estão muito receptivos, abertos, disponíveis. Na presença do mestre eles podem, pelo menos, funcionar muito facilmente como espelhos; então um Buda se torna milhões de budas.

Eu fiz as comunas de modo que cinco mil pessoas pudessem viver juntas e aprender a refletir-me. Não a imitar-me, lembre-se. Estas são coisas totalmente diferentes. Um espelho nunca o imita, ele simplesmente reflete você.

Agora eu dissolvi as comunas, porque eu quero que todo o mundo seja a minha comuna. Onde houver um sannyasin, ele terá que ser um espelho. Tempo e espaço não fazem diferença alguma. Se ele estiver disponível para mim, ele estará tão próximo de mim como vocês aqui. E dos cantos mais longínquos da terra, ele poderá refletir-me.

E agora eu tenho milhões de sannyasins por todo o mundo. Eu retirei todas as condições que impediam as pessoas de se tornarem sannyasins. Esses milhões de sannyasins vão criar uma rede de energia envolvendo toda a terra.

Apenas um sol nasce de manhã, mas ele é refletido por todos os oceanos, todos os lagos, todos os rios e todos os açudes. Pequenos açudes refletem o mesmo sol que o maior dos oceanos. Apenas um sol nasce e milhões de lugares começam a refleti-lo. E não são apenas os oceanos, os lagos, os rios e os açudes – existem outros reflexos também, que são mais sutis.

Mesmo antes que o sol apareça no horizonte, os pássaros de repente começam a cantar. Eles estão despertos, algo aconteceu com eles, algo tremendamente lindo; senão, de onde teria surgido o seu canto? E eles estão tão cheios de vida! As flores abrem suas pétalas... isto também é reflexo. Elas não têm qualquer obrigação de abrir; elas poderiam permanecer sendo botões. Os pássaros não têm qualquer obrigação; eles poderiam decidir não cantar. Mas acontece alguma coisa irresistível que está alem de seus controles...

Quando o sol está nascendo, alguma coisa também está nascendo dentro deles: a energia de vida deles, a kundalini deles. É claro que um pássaro não consegue tornar-se um Buda, mas, pelo menos, ele pode cantar, dançar, voar no céu por pura alegria, abrindo suas asas como uma indicação de liberdade, de vitalidade. Ele pode proclamar que o céu inteiro é seu.

E todas as flores, da menor flor do mato até o maior dos lótus, de repente todas elas entram numa sinfonia. Elas esquecem suas diferenças; de que existem flores pobres e ricas, de que existe o proletariado e a burguesia; de repente todas as classes desaparecem. E no seu florescer, na sua abertura, elas liberam aquilo que elas possuem.

Elas dão de volta à existência, como um presente, tudo o que a existência lhes deu. Elas nada mantêm, elas nada acumulam. Elas devolvem milhares de dobras, elas multiplicam, porque aquilo que aparentemente não estava na semente, não estava nas raízes, não estava na árvore nem nos seus ramos e em suas folhas... de repente, desabrochou em forma de flor: todas as cores, todas as fragrâncias. Mas, por toda a noite escura, elas esperaram pelo nascer do sol. A presença do sol, subitamente se faz refletida por milhões de jeitos e cria uma rede de luz, de vida, alegria, abundância, êxtase transbordante. Isto é o que um Buddhafield significa para mim.

Um homem tornando-se acordado significa que o sol nasceu. É a declaração que a noite escura da alma chegou ao fim.


Mas isto somente é possível se existirem milhões de pessoas espalhadas por toda a terra para criarem uma conexão. Com esta rede de energia, nós poderemos ser capazes de transformar muitas pessoas que nem têm a idéia, que nunca sonharam que existe algo muito além de uma vida mundana.

Então você está certo, só por estar trabalhando juntos, criando uma comuna, produzindo recursos para mantê-la, não é o suficiente. Isto nada tem a ver com o Buddhafield. Vendo o fato de que nas comunas vocês ficam enrolados com tantas coisas desnecessárias, com a possibilidade de se esquecerem porque em primeiro lugar vocês se reuniram ali...Eu agora não quero grandes comunas, mas pequenos grupos, mais íntimos, ou indivíduos fazendo seus trabalhos normais no mundo. Isso lhes toma apenas seis horas, cinco dias na semana, e lhes deixa um tempo imenso e muita energia para se tornar parte de uma grande experiência de êxtase.

Eu percebi que na comuna isto era difícil, porque vocês estavam tentando criar uma sociedade alternativa, o que leva muito tempo e consome muita energia. As pessoas estavam trabalhando doze, quatorze horas por dia e ficavam sem energia. Mesmo se o sol nascesse, o pássaro não tinha energia para cantar. O sol nascia, mas a rosa não tinha energia para abrir suas pétalas e liberar a sua fragrância.

E porque vocês estão criando uma sociedade alternativa, o mundo comum vai ficar antagônico a vocês. Vocês são estranhos e estão tentando algo proibido pelas suas tradições e experiências. E eles são a maioria, eles têm o governo em suas mãos, eles têm as leis em suas mãos. Assim, criar comunas toma o seu tempo e a sua energia, e ainda têm que brigar com a sociedade, que é muito maior que vocês; e isto também consome suas energias.

Eu estava pensando que a humanidade havia progredido desde o tempo de Sócrates, mas eu estava errado. Ela ainda está onde estava, não houve nenhum progresso. A civilização ainda não aconteceu, a cultura ainda é um sonho e a democracia é uma utopia distante.

Assim, onde você entrar em conflito, você verá o bárbaro, o primitivo, o animalesco surgindo para destruí-lo. E naturalmente você não consegue sobreviver na luta contra as grandes massas e as pessoas cegas.

(...)A humanidade não é capaz de aceitar o estranho. Ela não é vasta o bastante para absorver o novo, o desconhecido, aquilo que ainda não foi experienciado. Ela se torna irritada, ela se incomoda. Ela quer destruir os seus olhos, porque ela é cega e seus olhos fazem-na lembrar de sua cegueira.

Vendo a situação, eu dissolvi as comunas. Eu confio bastante no indivíduo. Por esse caminho eu posso espalhar a minha mensagem longe e amplamente. Por isto eu permiti que vocês não usassem mais a cor vermelha, não usassem o mala, para que as pessoas cegas não se sintam incomodadas por vocês... Porque eu quero proteger os seus olhos. E eles são muito vulneráveis, pois vocês estão na situação de uma criança e um simples inseto pode destruir seus olhos. E essas pessoas não são insetos, elas são monstros.

O Budhafield expandiu sua área, mas sua estratégia mudou. Agora eu dependerei dos indivíduos, e estes podem se movimentar ao redor do mundo, aos cantos mais distantes, e ainda assim haverá um elo conectando comigo. Onde houver um sannyasin meu, eu estarei lá. Ele será o meu espelho, ele refletirá a mim e a minha luz. Ele transmitirá a minha energia e a minha compreensão.

Você está certo: só por estar juntos e trabalhando pesado, dirigindo uma disco, fazendo dinheiro e todo tipo de coisas não parece ser suficiente. Não é suficiente. E não apenas isto, é puro desgaste.

Assim, trabalhe no mundo. Isto é uma coisa simples. E sempre que sentir uma vontade profunda de estar comigo, eu estarei disponível. Você sempre pode vir até a mim.”

Segunda pergunta:
Querido Osho, Meditação é a chave. Por que é tão difícil viver uma vida meditativa sem a sua presença física?


É difícil porque você ainda não foi capaz de descobrir sua própria fonte de meditação. Estando em minha presença, você não precisa meditar. Só por estar em minha presença, um silêncio desce em você. Seu coração tem um ritmo diferente e seu ser sente um tremendo contentamento.

Mas isto é apenas um reflexo. Você não deve ser enganado pelo reflexo. Desfrute o reflexo, permita que ele o penetre o mais profundamente possível. Mas isto é apenas uma amostra, e se pode acontecer na minha presença, por que não na minha ausência? Isto aconteceu dentro de você. Eu posso estar funcionando como um agente catalítico, mas a fonte está dentro de você; você tem apenas que começar a experimentá-la.

Por exemplo, você está na minha presença e sente que a meditação chega facilmente. Na verdade, você não precisa pensar nela, ela já está aí. Agora tente sentar-se em seu quarto. Se sentir que ajuda, lembre-se de mim, visualize que eu estou sentado em frente a você, e permita que a mesma experiência aconteça de novo. Você ficará surpreso, Você não sabe do quanto a sua consciência é capaz. Basta pensar e você sente um certo perfume...

Se você me ama, você consegue me materializar onde você quiser.

E nenhum perfume é mais elevado que o perfume do amor. Nenhuma música é mais musical que a música do amor.

Em algumas poucas escolas de mistérios, a música é usada, o mesmo tom, de modo que quando você ouve aquele tom ou quando se lembra do tom, você é transportado do ambiente onde está para aquele onde gostaria de estar.

Mas estas são estratégias muito mundanas. Eu prefiro ser mais direto. Eu não gosto de que alguma coisa esteja entre eu e você, nem mesmo para lembra-lo. Eu quero contato imediato. Eu quero categoricamente o imediato, sem mediador, porque nada funciona mais miraculosamente que o amor.

Em minha presença, lembre-se: a meditação é fácil porque em minha presença o amor é facil.

Assim, onde quer que você esteja, seja amoroso.

Ame as pessoas com as quais você está, ame o céu que você vê. Ame as árvores pelas quais você passa.

Simplesmente ame e sempre que você se emocionar com o amor, se estremecer, você perceberá que eu estou caminhando ao seu lado, estou sentado ao seu lado, que minhas mãos estão segurando suas mãos. Quem disse que eu estou longe? E você terá a prova imediatamente, porque a meditação estará chegando de todos os lados, correndo, inundando você.

E uma vez que você tenha descoberto isto, de que isto pode acontecer em qualquer lugar, então a última dependência terá chegado ao fim. Então a minha presença (física) não será mais necessária para você. Isto não significa que você não me ame mais. Na verdade, é o contrário. Como você pode amar totalmente quando existe algum tipo de dependência? Você só pode amar totalmente quando não existe dependência alguma.

Um dos discípulos mais íntimos de Buda, Sariputta, tornou-se iluminado quando Buda ainda estava vivo. Mas ele não disse para Buda, ele tentou esconder de todo jeito. Ele ficava fazendo coisas que somente não iluminados faziam.

Finalmente, Buda chamou-o e disse. ‘Sariputta, você não consegue me enganar. Pare com todas essas tolices de ficar fazendo coisas e dizendo coisas para esconder o fato de que você se iluminou. Por que você está com tanto medo? Por que você simplesmente não diz o que aconteceu?’ Sariputta disse, ‘Eu estou com medo de verdade. Eu adiei a iluminação o quanto foi possível porque eu sabia que quando eu me tornasse iluminado você me diria. ‘ Sariputta, agora vá, encontre as pessoas, ajude-as. Agora você não precisa mais de mim, por que continuar então amarrado por aqui?’ Eu fiz tudo para evitar, mas o que estava para acontecer aconteceu e agora você descobriu. Por favor, não me mande ir.’

Buda disse-lhe, ‘Mas você não precisa mais de mim. A sua desculpa para estar comigo por todos esses anos era porque sem mim você não conseguiria se iluminar. Agora você se iluminou e sua desculpa não é mais válida.‘

A resposta de Sariputta é muito significativa. Ele disse, ‘Sim, a minha desculpa não é mais válida, e eu não preciso de você. Mas eu vou permanecer com você porque foi você e seu amor que me tornaram tão independente, independente até de meu próprio mestre. E tão-somente para demonstrar minha gratidão, tão-somente para tocar seus pés todos os dias... eu me recuso a ir para qualquer outro lugar. Até agora eu estava com você por necessidade. A partir de agora eu vou estar com você sem qualquer necessidade. Pela primeira vez, o meu amor é simplesmente puro, sem motivação, sem desejo... simplesmente pura gratidão.’

Quando a necessidade desaparece, surge a gratidão. Quando a dependência desaparece, surge uma tremenda percepção daquilo que você era e daquilo que você se tornou... a distância é tão vasta que sem a presença do mestre, só um milagre, algo inexplicável.

Assim, sempre que sentir que é difícil meditar sem mim, lembre-se de meu amor por você, lembre-se de seu amor por mim.

O amor destrói as distâncias imediatamente.

E você me encontrará tão presente como estou aqui, ou mesmo ainda mais. E uma vez que você tenha descoberto isto, então não haverá problemas: onde você estiver, a meditação será sua, é a sua própria energia.

(...)A minha compaixão não é de alguém que é mais elevado que vocês; a minha compaixão é muito humana, porque eu sei dos dias de noites escuras. Eu estive naquelas noites e sei como vocês devem estar sofrendo em tais noites escuras. Mas isto é com vocês: vocês podem prolongar a noite escura ou podem dar um fim a ela e trazer o nascer do sol imediatamente para suas vidas.

Eu chamei vocês de meus amigos.

Lembrem-se dessa palavra.

Eu prometo que estarei com vocês sempre que precisarem de mim.

Basta precisar de mim!”
OSHO – Light on the Path – Sessão 13

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

AMIZADE





A amizade pode ser de dois tipos: uma é amizade na qual você é um carente, você precisa de alguma coisa do outro para aliviar sua solidão. A outra pessoa também é um carente e precisa de você pelo mesmo motivo.
O outro tipo de amizade tem uma qualidade completamente diferente. Não é uma necessidade. Você quer compartilhar porque você tem em abundância.
Um diferente tipo de satisfação motiva aquele que compartilha. Quando você compartilha, não exige nada em troca, não existe apego.
A amizade é a verdadeira é a mais alta forma de amor - na qual nada é pedido. Na qual simplesmente se desfruta o dar, sem nenhuma condição.
A amizade é linda porque dela faz parte a confiança. Confiança significa simplesmente que, aconteça o que acontecer, estaremos juntos nisso. Não relutantemente, não contra a vontade.
Osho/Rajneesh

AMOR


Ouvi contar que existiu, certa vez, uma árvore antiga e majestosa, cujos galhos expandiam-se em direção ao céu. Quando estava na estação do florescimento, borboletas de todos os tipos, cores e tamanhos dançavam ao seu redor. Quando floria e dava frutos, pássaros de terras distantes vinham cantar sobre ela. Seus galhos, como mãos estiradas, abençoavam os que vinham e sentavam-se à sua sombra. Haviam um menininho que costuma brincar embaixo dela, e a árvore desenvolveu grande afeição por ele. O amor entre o grande e o pequeno é possível quando o grande não está consciente de que é grande. A árvore não sabia que era grande; apenas o homem tem esse tipo de conhecimento. O grande sempre tem o ego como preocupação principal; mas, para o amor ninguém é grande ou pequeno. O amor abraça seja la o que for que esteja por perto.Assim, a árvore criou um amor por esse pequeno menino que costumava brincar perto dela. Seus galhos eram altos, mas ela os curvava e os inclinava para baixo de modo que o menino pudesse colher suas flores e apanhar seu frutos. O amor está sempre pronto a se inclinar; o ego nunca está pronto para curvar-se. Quando você se aproxima do ego, seus galhos se estendem ainda mais para cima; ele se estica para você não poder alcançá-lo.
A criança vinha brincar e a árvore inclinava seus galhos. A árvore ficava muito contente quando a criança colhia algumas flores; todo seu ser se preenchia com a alegria do amor. O amor está sempre feliz quando pode dar alguma coisa; o ego está sempre feliz quando consegue tomar.O menino cresceu. Algumas vezes, dormia no regaço da árvore; outras, comia suas frutas e outras ainda, fazia uma coroa com suas flores e brincava de rei. A pessoa torna-se rei quando as flores do amor estão presentes, mas torna-se pobre e miserável quando os espinhos do ego estão presentes. Ver o menino usando a cora de flores e dançando enchia a árvore de alegria. Ela balançava de amor e contava na brisa. O menino cresceu ainda mais e começou a trepar na árvore para balançar-se em seus galhos. O amor é feliz quando dá conforto a alguém; o ego é feliz apenas quando dá desconforto. Com o passar do tempo, outros afazeres e obrigações vieram ocupar o menino. A ambição cresceu; ele tinha exames para fazer; tinha amigos para conversar e passear – por isso, não ia ver a árvore com freqüência. Mas ela esperava ansiosamente pela vinda dele. Chamava-o do fundo da alma: “Venha. Venha. Estou esperando por você.” O amor espera dia e noite. E a árvore esperava. Ela sentia-se triste quando o menino não aparecia. O amor é triste quando não pode ser compartilhado. Quando pode render-se totalmente, o amor é muito feliz. Na medida em que crescia, o menino vinha cada vez menos. O homem que se torna grande, o homem cuja ambição cresce, encontra cada vez menos tempo para amar. O menino nessa altura, estava absorvido pelas ocupações do mundo.
Um dia a árvore ficou chocada e lhe disse: “ estou sempre esperando por você, mas você não vem. Eu o espero todos os dias.”O menino disse: “ O que você possui? Por que eu deveria vir a você? Você tem dinheiro? Estou à procura de dinheiro.” O ego está sempre motivado. Só vem quando há algum propósito a se preenchido. Mas o amor não precisa de motivação. O amor é sua própria recompensa.A árvore ficou chocada a disse: “Você só virá se eu lhe der algo?” aquele que nega não ama. O ego acumula, mas o amor dá incondicionalmente. A árvore disse: “ nós não temos essa doença e somos felizes. As flores nascem em nós. Muitas frutas crescem em nós. Damos sombra suavizante. Dançamos com a brisa e cantamos canções. Pássaros inocentes pulam em nossos galhos e gorjeiam mesmo que não tenhamos nenhum dinheiro. No dia em que nos envolvermos com dinheiro, teremos de ir aos templos com fazem vocês, homens fracos, para aprender a obter paz, para aprender a encontrar o amor. Não, nós não temos nenhuma necessidade de dinheiro.”O menino disse: “Então, por que devo vir a você? Irei onde houver dinheiro. Preciso de dinheiro.” O ego pede dinheiro, porque precisa de poder.A árvore pensou por um momento e disse: “ Não vá a nenhum outro lugar, meu querido. Colha meus frutos e venda-os. Assim, você obterá dinheiro.”
O menino imediatamente ficou radiante. Subiu na árvore e colheu todos os seus frutos, até aqueles que estavam verdes. A árvore sentiu-se feliz, apesar de alguns brotos e galhos quebrados, e algumas folhas caídas no chão. Ficar quebrado também faz o amor feliz; mas o ego, mesmo quando ganha algo, não fica feliz. O ego sempre deseja mais. A árvore nem notou que o rapaz não olhou para trás nenhuma vez para agradecê-la. Ela havia recebido o agradecimento no momento em que o rapaz aceitou colher e vender seus frutos.O rapaz não voltou por longo tempo. Ele havia ganho dinheiro e estava ocupado em aumentar mais e mais esse dinheiro. Esqueceu-se completamente da árvore. Anos se passaram. A árvore ficou triste. Ansiava pela volta do rapaz – como uma mãe que está com os seios cheios de leite e o filho está perdido. Todo seu ser clama pelo filho; ela busca loucamente o filho para que ele possa vir aliviá-la. Tal era o lamento interior dessa árvore. Todo seu ser estava em agonia. Após muitos anos, agora já adulto, o rapaz foi até a árvore. A árvore disse: “ Venha meu rapaz. Venha abraçar-me.”O homem disse: “ Pare com esse sentimentalismo. Isso era coisa de infância. Não sou mais criança.” O ego vê o amor como uma loucura, com uma fantasia infantil.
Mas a árvore convidou-o: “ Venha, balance em meus galho. Venha dançar. Venha brincar comigo.”O homem disse: “ Pare com essa conversa inútil! Eu preciso construir uma casa, você pode me dar uma casa?”A árvore exclamou: “ Uma casa! Eu não tenho uma casa.” Apenas os homens vivem em casas. Ninguém mais vive em casa, a não se o homem. E você já notou em que condição se vê após confinar-se entre quatro paredes? Quanto maiores seus prédios, menor o homem se torna. “ Nós não vivemos em casas, mas você pede cortar e levar meus galhos – assim, poderá construir sua casa.”Sem perder tempo, o homem trouxe um machado e cortou todos os galhos da árvore. Agora, ela era apenas um mero tronco. Mas o amor não se preocupa com tais coisas – mesmo que seus ramos sejam cortados pelo amado. Amar é dar; o amor está sempre pronto para dar.O homem não se preocupa nem em agradecer à árvore e construiu sua casa. Os dias tornaram-se anos. A árvore esperou e esperou. Queria chamar por ele, mas não tinha mais galhos nem folhas que lhe dessem forças. O vento soprava, mas ela não conseguia nem mesmo enviar uma mensagem pare ele. Mas em sua alma ainda ressoava uma única prece: “Venha. Venha, meu querido. Venha.” Mas nada aconteceu.O tempo passou e o homem tornou-se velho. Certa vez, ele estava passando e parou ao lado da árvore.A árvore perguntou: “ O que mais posso fazer por você? Já faz tanto, tanto tempo que você não vem.”O velho disse: “ O que mais você pode fazer por mim? Quero ir para terras distantes e ganhar dinheiro. Preciso de um barco para viajar.”Alegremente, a árvore disse: “ Mas isso não é problema, meu amor. Corte meu tronco e faça um barco com ele. Ficarei feliz se puder ajuda-lo a ir para terras distantes ganha dinheiro. Mas, por favor, lembre-se de que estarei sempre esperando sua volta.”
O homem trouxe um serrote, cortou o tronco, fez um barco e navegou para longe.Agora, a árvore era um pequeno toco. E esperava pelo retorno do seu amado. Ela esperou, esperou e esperou. Mas o homem nunca retornou; o ego só vai onde existe algo para se ganho, e a árvore não tinha mais nada, absolutamente nada para oferecer. O ego não vai onde não existe nada para ganhar. É um eterno mendigo, num contínuo estado de pedinte, e o amor é caridade. O amor é um rei, um imperador! Existe algum rei maior do que o amor?Uma noite, eu estava descansando perto desse toco de árvore. Ela sussurrou para mim: “ Aquele meu amigo ainda não voltou. Estou muito preocupada, porque ele pode Ter naufragado ou então Ter-se perdido. Pode estar perdido em um desse países longínquos. Pode ser que nem esteja mais vivo. Como gostaria de receber noticias dele! Minha vida está próxima do fim e ficaria satisfeita se recebesse, pelo menos, algumas noticias. Então, morreria feliz. Sei que ele não virá, mesmo que eu consiga chamá-lo. Então, morreria feliz. Sei que ele não virá, mesmo que eu consiga chamá-lo. Nada me restou para dar e ele só entende a linguagem do tomar e pegar.”O ego só entende essa linguagem; a linguagem do dar é amor.Não posso dizer mais nada além disso. Na verdade, não existe mais nada para ser dito: se a vida puder tornar-se como essa árvore, expandindo seus galhos em todo o redor, a fim de que todos possam se abrigar em sua sombra, então compreenderemos o que é o amor. Não existem escrituras, mapas, ou dicionários para o amor. Não há nenhum conjunto de regras para o amor. O que mais eu poderia dizer sobre o amor! O amor é tão difícil de se descrito. O amor está simplesmente aí. Talvez você possa vê-lo em meus olhos, se vier aqui e olhar dentro deles. Talvez possa senti-lo quando meus braços se estendem num abraço.
Amor.
O que é amor?
Se o amor não for sentido em meus olho, em meus braços, em meu silêncio, então nunca poderá ser compreendido através das minhas palavras.Estou grato por terem me ouvido pacientemente. E, para finalizar, inclino-me diante do Supremo que está no interior de todos nós. Por favor, aceitem meus respeitos.
Bhagwan Shree Rajneesh
Do Sexo a Supraconsciência
Pag 30, 31,32,33 e 34