segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Novo Homem


O novo homem é a maior revolução que já ocorreu no mundo. E já que conhecemos o velho mundo e suas misérias, podemos evitar toda essas misérias; podemos evitar todas essas invejas, todas essas seriedades, toda essas raivas, toda essas guerras, todas essas tendências destrutivas. O novo homem significa que não mais permitiremos que alguém nos sacrifique em nome de nenhum belo principio; vivemos nossas vidas não de acordo com idéias, mas de acordo com nossos anseios, com nossas intuições mais apaixonadas. E viveremos momento a momento; não seremos mais enganados com o “amanhã”, com as promessas de um amanhã. O novo homem não é um aperfeiçoamento do velho; não se trata de um fenômeno continuo, não se trata de refinamento. O novo homem é o nascimento de um homem absolutamente fresco – sem nenhum condicionamento, sem nenhuma nação, sem nenhuma religião, sem nenhuma discriminação entre homens e mulheres, pretos e brancos, Oriente e Ocidente ou Norte Sul. O novo homem será o verdadeiro sal da terra. Interessado em como aumentar as alegrias da vida, os prazeres da vida; em mais criatividade, mais beleza, mais humanidade, mais compaixão. Podemos sofrer uma total transformação: podemos criar pessoas inocentes, pessoas amorosas, pessoas que respiram em liberdade, pessoas que ajudam umas às outras a serem livres, que alimentam a criatividade umas das outras, que alimentam a dignidade e o respeito a cada um. O novo homem é o manifesto de uma nova humanidade, uma só humanidade. Este é um momento grandioso e afortunado – estarmos nesta situação de desafio. Esta situação não vai destruir a terra, mas apenas as igrejas os políticos e todos aqueles que se agarram ao passado.

“O novo homem não terá nenhuma cadeia, não terá nenhum juiz, não terá nenhum especialista em leis. Eles são absolutamente desnecessário, são crescimentos cancerosos no corpo da sociedade.”

Todos os sistemas legais nada mais são do que vingança da sociedade, vingança contra aqueles que não se adaptam ao sistema. De acordo comigo, alei não está protegendo o que é justo, ela está protegendo a mente da massa. Se é justo ou injusto, não tem importância. A lei é contra o indivíduo e a favor da massa; é um esforço para restringir o indivíduo e sua liberdade, sua possibilidade de ser ele mesmo.

“Minha confiança na existência é absoluta. Se houver alguma verdade naquilo que estou dizendo, isso irá sobreviver... As pessoas que permanecerem interessadas no meu trabalhoirão simplesmente carregar a tocha, mas sem imporem nada a ninguém...

“Permanecerei uma fonte de inspiração para o meu povo, e é isso que a maioria dos saniásins sentirá. Quero que eles desenvolvam por si mesmos qualidades como o amor, à volta do qual nenhuma igreja pode ser criada; como consciência, que não é o monopólio de ninguém; como celebração, deleite; e que se mantenham rejuvenescidos, com os olhos de uma criança...

“Quero que as pessoas conheçam a si mesmas, que não sigam as expectativas dos outros. E a maneira é indo para dentro.”

“Deixo a vocês o meu sonho”

Osho

Um comentário:

  1. O Sagrado Sim

    As religiões no passado ensinaram às pessoas uma atitude negativa. As antigas religiões dependem do "não faça": não faça isto, não faça aquilo. Toda a visão delas é: como negar a vida. Pensam que negando vida estarão mais próximas de Deus, e isto é um absurdo. Vida é Deus – negá-la é negar o próprio Deus.
    Necessitamos de um coração com um grande sim declarado. E o sim tem que ser tão total que contenha em si mesmo o não. A luz tem que ser tão total que a escuridão se torne uma parte dela. A Vida tem que ser tão total que a morte se torne apenas um episódio dela. E quando a pessoa pode dizer um grande sim para tudo o que existe – para a escuridão, para a luz, para as agonias da vida e para os êxtases da vida, para o corpo e para a alma, para a terra e para o céu – quando a pessoa pode dizer sim a tudo o que existe, isso se torna um sagrado sim. E meu sannyas é baseado no Sagrado Sim. É uma visão totalmente nova.
    O não tem que ser dissolvido no sim. As religiões antigas eram, de alguma maneira, suicidas. Elas murcharam as vidas das pessoas. Elas eram escapistas. Não permitiram o amor, não permitiram o relacionamento, não permitiram que a multiplicidade e a riqueza da vida fossem vividas, desfrutadas, experienciadas. Elas ensinaram as pessoas a escapar da vida e de suas múltiplas experiências, a viver em monastérios, a renunciar. Elas eram baseadas no não. Toda a filosofia delas está contida no não. E a pessoa que era muito hábil na negação tornava-se um grande santo aos olhos delas. Essas pessoas tinham algo de masoquismo, eram neuróticas, mas por causa da filosofia do não, neuróticos se tornaram santos; eles eram adorados. Eles estavam se envenenando lentamente, porque quando você diz não para você mesmo, você está se envenenando.
    O Sim é doador da vida. E o sim não pode ser parcial; tem de ser total. O Sim não tem que ser algo contra o não, caso contrário será parcial. Sim tem que ser tão enorme, que contenha o não em si mesmo. E quando o sim é tão enorme, tão grande, tão infinito, que é capaz de conter seu oposto, então ele se torna um Sagrado Sim.
    Sannyas é um Sagrado Sim para a vida e tudo o que ela contem. E para viver com este sim é necessaário coragem!
    Viver com este sim significa que se está pronto para se dissolver na existência, que a gota de orvalho está pronta para cair no oceano. Mas no momento em que a gota de orvalho cai no oceano ela também se torna o oceano.

    Osho, The Sacred Yes, #1

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